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Erika Rodrigues, 41 anos, nutricionista e life coach, é uma mulher que não foge das dificuldades. Ela afirma que encara qualquer desafio, e já tem um longo histórico de aventuras e vivências em ambientes extremos para provar. O último foi o programa Largados e Pelados Brasil, onde ela viveu a experiência de 21 dias, em uma região inóspita da Colômbia e, para sobreviver, foi deixada sem roupa e precisou encontrar água e comida no local, de porte somente de uma panela e um facão Ghurka, da Imperial Cutelaria. Quem assiste ao programa sabe que grande parte dos participantes desistem, mas ela foi até o fim, e nesta entrevista conta para os leitores do blog tudo o que enfrentou: fome, frio, picada de mosquitos, além de queimaduras e muitos perigos reais.
Como você se preparou para participar do desafio? Fez algum plano estratégico, pegou orientação de alguém?
Eu gosto de citar aquele livro do Rick Chester, Pega visão. Lá ele diz em primeiro lugar que não foi feito por um único vídeo, e sim, todas as situações que ele passou foram ensinamentos e provas que o levaram até aquele momento. Ele se preparou na verdade 40 anos para chegar até o sucesso. Assim foi comigo. Já fiz treinamento de sobrevivência na Amazônia, ações humanitárias na Índia e no Nepal, visitei a aldeia Maasai na Tanzânia… Como life coach aprendi bastante de comportamento humano. As formações te colocam no limite, sem dormir, sem comer. Tudo isso ajuda.
No meu caso, eu nem esperava participar do desafio Largados e Pelados. Joguei para o universo. Só fiz a inscrição porque um amigo insistiu comigo, e para que ele não ficasse me cobrando, eu me inscrevi. Mas as coisas foram acontecendo, fui avançando nas entrevistas, e então eu percebi que realmente tudo o que eu venho fazendo ao longo da vida, fez a diferença. Só de yoga tenho mais de 20 anos, bem como meditação em torno de 15 anos. Não é algo que eu treinei para o desafio, eu venho treinando pelo menos nos últimos 20 anos.
As pessoas questionam porque alguém faz um negócio deste. Na verdade, a resposta para isso é que eu queria, por exemplo, testar o que fiz ao longo destes últimos 20 anos. Será que tudo o que eu dediquei meu tempo valeu a pena? Tenho investido muito em conhecimento, meditação, yoga, em entender tanto a parte física quanto a mente. Eu me perguntava como me sairia em uma situação onde a única coisa que eu tinha era meu corpo e minha mente. Foi gratificante perceber que valeu todo o investimento tanto financeiro quanto de tempo. Essa experiência me mostrou isso muito claramente.
A sua pontuação deu um salto, como foi isso?
A minha ASP (Avaliação de Sobrevivência Primitiva) foi uma surpresa para mim. Eu comecei com 6,7 e terminei com 8,5. Imaginei que ia passar um pouquinho de 7, mas passar de 8 eu não esperava. A gente sofre da síndrome do impostor, nunca validamos nossas qualidades, nossas habilidades. Estamos sempre nos comparando com os outros.
Imagino que minha nota se destacou muito por uma coisa que na verdade me tira da cama todos os dias, que é aprender coisas novas. Eu estava num ambiente em que o aprendizado é muito propício. Nada ali é o que você conhece, você está aprendendo o tempo todo. O foco sempre é o resultado, e quando se está em um ambiente de sobrevivência, é tirar o melhor desta experiência. Meu objetivo não era ficar parada, nem criar confusão. Eu tinha a meta de chegar até o final do Largados e Pelados, aprendendo o máximo que eu pudesse. Então acredito que a minha nota refletiu bem esta vontade de fazer acontecer.
Quais as características que contam mais na pontuação?
A pontuação é o conhecimento de técnicas de sobrevivência. Dessa forma, as pessoas que tiveram treinamento militar se sobressaem bastante. Tem a força mental, a força física, e esta questão psicológica, de como a pessoa lida com adversidades. Assim, o que se destacou bastante foi este meu poder mental, baseado em experiências e vivências anteriores.
Como já disse, eu trabalhei em causa humanitária na Índia, em um projeto que ajuda monge refugiado do Tibet conseguir bolsas de estudo. Já atuei em evento pela paz, já trabalhei em um hospital no Nepal. Então de perrengue eu já estou escolada, de coisas fora da rotina também estou acostumada. Isso me ajudou. Essa bagagem mental, além da prática de esportes foram grandes diferenciais.
O tempo todo a gente tem que lidar com nossas dores, seja ela física ou mental e também tem que entender que nem sempre as coisas saem como a gente espera. Acredito que trabalhar bem a questão da frustação conta bastante. A gente vê no programa, por exemplo, pessoas que se destacaram bastante nas habilidades de sobrevivência, mas talvez tenha faltado um pouco da habilidade mental, a parte de buscar soluções dentro do novo, de colocar as habilidades para funcionar realmente.
E os pés? Como funciona estar descalço em um ambiente tão inóspito?
Quando eu fiz o treino de sobrevivência na Amazônia, um amigo que já foi soldado no Afeganistão, me deu algumas orientações importantes. Ele me disse que não importa se eu passo o dia andando com uma meia molhada e suja, a noite eu tenho que ter uma meia limpa e seca para usar, ao voltar para o acampamento, pois o cuidado com os pés contam muito. Claro que neste desafio do Largados e Pelados a coisa mudou um pouco, porque eu tinha que ficar descalça. Então, pensando nisso eu tinha já como meta fazer um chinelo.
Desde que entrei na selva, eu ia olhando tudo ao redor já buscando material para proteger meus pés. Depois eu virei uma fabriquinha de chinelo. Todo dia era um modelo novo, e arrebentava, até testar qual funcionava melhor. Pegava casca de palmeira ou casca de buriti para usar como base. Eu parecia uma gueixa (risos), porque cortava quadrado e depois colocava as tiras, com folhas trançadas. Foi tranquilo pois no primeiro dia a alça da panela que eu levei arrebentou, então eu usei ela como furador para os chinelos. Eu sempre tinha dois pares bons para usar, pois nos primeiros dias eu caminhava bastante em busca de comida e possibilidades.
Até isso foi um motivo de divergência com o meu parceiro, o Itamar [Charlie]. Ele estava mais focado em fazer um abrigo para mais tempo, e eu com minha veia nômade, queria explorar. A minha estratégia era ficar três dias no máximo em cada lugar, e ir avançando para o ponto do resgate. Então todos os dias eu andava muito para ver possibilidades de avançar, e ele pensava em ter um abrigo seguro. Então isso demorou um pouco na negociação.
Você teve medo do seu parceiro desistir em algum momento?
Se alguém desiste sempre sobrecarrega. Mas eu também sou daquela opinião de que é melhor alguém que ajude do que um parceiro que atrapalhe. Ter uma pessoa do seu lado que fica só pensando negativo, só se arrastando, parado o tempo todo, é melhor seguir sozinha. Mas não foi o caso. Quando o Itamar, meu parceiro, dava aquela balançada, eu utilizava técnicas de coach com ele, assim, lembrava ele da importância da hidratação, do descanso, para que não chegasse ao limite e começasse a se questionar se aguentaria ou não. Dessa forma, a ideia era não pensar nos 21 dias e sim no hoje. O que temos para fazer hoje? Um dia de cada vez.
Você considera mais difícil participar do Largados e Pelados em dupla, grupo ou sozinha?
Sozinho sempre é mais difícil, pois parece que não, mas é muita coisa para fazer. Não é impossível, obviamente, mas a jornada fica bem mais pesada. Já em grupo, quando nós encontramos o restante do pessoal, o fardo ficou muito mais leve. Claro que foi porque a gente pensava de uma forma igual sobre a sobrevivência. É igual trabalho, as vezes a gente trabalha com pessoas com as quais temos mais afinidade do que com outras. Até convidamos para tomar uma cervejinha…
Então quando encontramos o grupo, demos muita risada, começou a ficar leve. A gente sabia que era difícil, mas não focávamos no problema, e sim na solução. Eu até falo, que com a Gi, com o Joe, com o Dexter e com o Renê, eu podia ficar mais 40 dias. A gente estava aprendendo todos os dias e a noite tinha a nossa fogueira, que era nosso momento de conexão. Então de dia a gente cuidava da sobrevivência e a noite ficávamos na beira da fogueira, cuidando para não apagar, mas também conversando de sonhos, de vida… era aquele momento que querendo ou não, fortalecia muito mais.
Eu dei o nome do grupo de Titãs, que são os filhos de Gaia. Quando o Renê me passou a zagaia dele, pra eu caçar, me senti pertencendo ao grupo. Brinquei que fui aceita nos Titãs. Aquele momento foi a minha grande consagração, ele estava me vendo como uma igual. Então as coisas foram dando certo. Era fácil, fluía, e isso ajudou muito. Não tinha o lance de ficar pedindo para alguém fazer as coisas, todo mundo já sabia o que tinha para fazer e tomava a frente.
E com relação a higiene pessoal?
Olha, eu sou uma pessoa apegada à beleza. Faço muito day spa em casa, fico com cara de argila, creme no cabelo. Quer acertar no meu presente, me dá sabonete artesanal, ou creme para o corpo que eu adoro coisa cheirosa. Então foi realmente um desafio o fato de ficar tanto tempo sem uma boa higiene. Qualquer poça de água era suficiente para um banho. Eu e meu parceiro desde o primeiro dia, éramos muito limpinhos. Na verdade eu sou muito grata por ter tido um parceiro limpinho também. A gente acordava e ia cada um para um lado, buscando fazer sua higiene pessoal.
Claro que a gente toma banho só com a água que tem. Eu ainda ia além porque eu sentia necessidade de escovar os dentes. E escovava com carvão. Não comia todo dia, mas precisava escovar os dentes a cada dois dias. Fico imaginando que para quem estava assistindo, por exemplo, devia ser traumático, a boca toda preta. Mas é que as cinzas são purificantes, então ajuda também, não é tóxico, nem nada.
Na Índia eu aprendi a utilizar o Neem, uma planta bem conhecida por lá. Você esfrega os galhinhos para escovar os dentes, pois ela é antibactericida. Mas lá não tinha Neem, usei carvão mesmo. Quando eu saí, o primeiro banho acho que durou umas três horas e mesmo assim me sentia encardida.
O mosquito é realmente um problema?
Não dá para acostumar com mosquito. Teve um dia que eu fui buscar uma canha d’água na primeira semana do desafio Largados e Pelados e foi um dos piores momentos. Durante a caminhada, meu chinelo arrebentou. Eu pensei: paciência, tenho que continuar. E fui. Mas teve um momento que eu olhei o meu braço e tinha uma nuvem de borrachudo. Eu nunca tinha visto nada parecido. Cheguei de volta, fui entrando e o meu parceiro perguntou se estava tudo bem. Eu respondi que sim, mas que precisava tomar um banho. Joguei água, tentando refrescar. Estava com medo de uma reação alérgica.
Decidi meditar e quando eu coloquei o mosquiteiro e sentei para fazer minha meditação, começou a chover. Eu pensei: Mas é brincadeira, mesmo! Vocês estão me testando para ver se eu vou ficar? Eu vou ficar! E já que estou aqui, vou continuar meditando. Fiquei sentada na chuva, meditando na maior miséria do mundo, e este foi um momento bem difícil para mim.
Eu estudo bastante estoicismo também. Já tinha escrito na minha faca Amor Fati, uma frase em latim que Nietzsche usava muito, que é aprender a amar a experiência. A vida é uma experiência e a gente tem que aprender a amar as coisas do jeito que elas vêm. Eu falo que amar não dá, muitas vezes, mas aceitar a experiência como ela se apresenta, com certeza. E essa foi a minha grande filosofia do desafio. Aceitar a experiência como ela se apresentava e tentar tirar o melhor, algo que me ajudou muito neste dia.
A noite vocês ficam mesmo sozinhos ou fica equipe por perto?
Sozinhos mesmo! Exatamente por isso que eles colocam especialistas, porque a noite é por conta e risco do participante, sozinho com diversos perigos reais. Eles até colocam uma câmera no acampamento, mas as filmagens são os participantes que fazem com aquela camerazinha de mão.
Qual a sua maior dificuldade durante o desafio Largados e Pelados?
A maior mesmo foi no dia do resgate. A gente tinha que atravessar um lago nadando. E eu nunca fui fã de água, principalmente fria. Eu gosto de ofurô e jacuzzi. Natação nunca foi o meu forte. E ainda depois de 21 dias de restrição alimentar, sem dormir direito, a ideia que eu fazia do meu corpo estava completamente mudada. Eu definhei, parecia uma caveirinha. O bom é que na minha cabeça, eu era muito mais forte que aquilo.
A minha perna estava falhando, o que já era sinal de degradação muscular, mas a cabeça falava: “Não, deve ter sido uma cãimbra, continua, continua…”, e assim eu seguia. Na água muda muito, eu estava muito leve e tinha a sensação que a correnteza era muito mais forte. Este momento no Largados e Pelados eu diria que foi o pior, a minha maior dificuldade.
Você acha que entre mente e corpo, o que te deu mais equilíbrio?
A mente com certeza. O corpo é importante, mas uma mente fortalecida aumenta muito as chances de conseguir fazer um desafio deste. As três primeiras noites a gente não tinha abrigo, eu podia ficar pensando que os bichos estavam me rondando, e realmente estavam, mas eu preferia focar nas estrelas cadentes. O tempo todo temos a opção de focar no problema ou na solução. Eu buscava sempre a segunda opção.
Se 20 coisas que acontecem no seu dia, por exemplo, uma não sai como o esperado, você tem a tendência de achar que o seu dia foi ruim, desconsiderando as 19 que deram certo. Então, quando estamos num lugar como este, o tempo todo tem coisas terríveis acontecendo, mas eu tirava o foco. Eu parava para pegar flores. Meu parceiro falava: “Você está louca? A gente ainda tem tanto chão pela frente!”, mas para mim era importante. Aquilo me lembrava que a natureza pode ser dura, mas ela é muito bela.
Era comum eu ficar observando os pássaros, que é um hobby que tenho. Isso me regenerava também. Se ficar focando na fome, na sede, no sol quente, você não aguenta, ou se aguenta, sofre do começo ao fim. Essa é a grande sacada para a sobrevivência, olhar além do óbvio. Dessa forma você consegue ter um equilíbrio por dentro. A jornada fica muito mais leve.
Quais os materiais você acha mais importante para a sobrevivência na selva?
Com certeza é uma ferramenta de corte de qualidade. A última coisa que eu queria era que acontecesse algo com o meu facão, pois eu não teria como repor nestes 21 dias. Eu escolhi um facão Ghurka, da Imperial Cutelaria e ele servia até como escavadeira. Eu tinha que fazer buraco, lá ia eu levar o facão para trabalhar. Então em sobrevivência você tem que investir em qualidade, equipamento de segurança tem que ter qualidade. Não dá pra pegar uma faca bonitinha que não aguenta, aí na hora do trabalho você fica na mão porque ela quebra. Imagina! Não tem o que fazer…
Por que você escolheu o facão pequeno no Largados e Pelados?
Por mais que eu seja forte, se eu puder aumentar minha potência, por que não? Claro que ainda tenho que aprender muito com o Alexandre [Da Imperial], porque não entendo muito de faca, mas eu fiz uma pesquisa básica na internet, e chegei na Imperial. Tem esta coisa da especificação da lâmina, para não partir ou lascar, e então cheguei no facão Ghurka.
Ele é feito sob medida para o meu tamanho, e tem o design nepalês, e toda uma história por trás. Como eu já trabalhei no Nepal, isso me chamou atenção também. Outra coisa importante é que além da qualidade, ele tem estilo. O lado feminino gosta bastante de design. Assim, fiquei apaixonada pela ferramenta, tanto que se fosse só pela beleza, eu não escolheria, mas tinha todas as especificações que eu estava procurando e ainda era bonito. Por que não unir o útil ao agradável? Dessa forma me decidi por ele.
Como você conheceu a Imperial Cutelaria?
Primeiro pelo Google. Indo atrás das especificações da ferramenta, eu cheguei na Imperial. Depois troquei ideia com um amigo que me incentivou a seguir nesta linha, pois ele já conhecia a qualidade da cutelaria. Ele me disse: “Realmente, você não vai se arrepender, esta faca é muito boa”. Então eu fui comprar e esbarrei no problema da logística. Entre o dia que a gente recebe a notícia de que foi aprovado, e a hora do embarque é um tempo super curto, assim foi uma correria, mas o facão chegou a tempo e dessa forma começou a nossa jornada.
O Ghurka atendeu suas expectativas durante o desafio Largados e Pelados?
O facão Ghurka foi muito útil e me passou muita segurança também. Tem uma que vocês com certeza não conhecem, eu usava até como travesseiro, acredita? Eu colocava ele atrás da cabeça, dava uma levantadinha, e para dormir ficava muito mais confortável. Era um apoio na coluna. Além disso usei muito para cortar todo tipo de coisa, e ele aguentou firme. Fiquei super feliz de mesmo sem muito conhecimento, ter escolhido a ferramenta ideal para o que eu precisava.
O que mudou na sua vida depois do Largados e Pelados?
Eu comecei a perceber que as coisas não são assim tão difíceis como imaginava. Passei a ver as situações com uma nova perspectiva. Dessa forma, os valores mudaram, as prioridades também, percebi que comecei a descomplicar a vida. Quando a gente retorna, não quer mais perder tempo com o superficial, assim, perdi o interesse em algumas coisas, estreitei laços com pessoas e deixei de conviver com outras.
O maior desafio da minha vida foi o de perder a minha mãe. Depois disso, tudo pareceu ficar pequeno, porque perder a mãe é perder a rede de apoio, e quando não se tem esta rede de apoio, você só tem uma opção: aprender a voar. Isso me ajudou muito no Largados e Pelados, porque eu pensava: se eu passei por esta dificuldade, esta dor tão grande, e estou aqui, nada mais me derruba. Então isso me ajudou a passar por vários momentos complicados durante o desafio.
O que esta experiência do Largados e Pelados significou para você?
A selva foi para mim uma forma de retiro de silêncio, mudou toda a minha visão, inclusive de trabalho. As pessoas próximas me disseram que voltei muito calma. Quando eu me mudei para o interior – Monte Alegre do Sul, SP – vindo da capital, São Paulo, eu já fiquei mais tranquila. E depois do desafio então nem se fala!
Minha mãe já dizia quando eu era pequena que eu tinha tendência a virar ermitão. Acho que ela tinha razão. Agora, morando no interior, as vezes eu nem saio da toca, dessa forma, estou cada vez mais reclusa. Eu gosto de observar os pássaros, por exemplo, e meditar. E isso parece alimento, eu sinto a necessidade de fazer mais e mais.
Eu levei uns três ou quatro meses fazendo fogo toda noite. Ia para cama umas 4 da manhã. As vezes até dormia no sofá. Saí do desafio com esta coisa de que o fogo me passava uma segurança, um conforto. Ir para o quarto era esquisito. Então este tempo foi para absorver quem eu tinha me tornado. Eu não me encaixava na vida de antes, e me questionava muito. Quais são meus valores, os meus sonhos? Onde eu quero estar? Quais são as pessoas que eu quero do meu lado? Por que estou perdendo tempo com coisas que não me agregam em nada? Depois deste tempo, tenho a dizer que sou grata por tudo. Só quem já passou por privações consegue dar real valor ao que se tem. A experiência foi incrível!
Sobre o programa:
Os episódios do Largados e Pelados Brasil são disponibilizados às quartas-feiras no discovery+. Para assistir, é preciso ser assinante. Confira o trailer do programa em que Erika participou:
Conheça o facão Ghurka, a ferramenta escolhida por Erika para viver sua aventura de 21 dias na selva, junto com seu parceiro, Largados e Pelados.