Conhecido como comida de rua, muito popular no Brasil, principalmente em São Paulo, o churrasco grego é a escolha de um grande número de pessoas nos grandes centros, todos os dias. Ao contrário do que muita gente pensa, a origem do prato não é grego e sim turco. Seu nome no resto do mundo é kebab, no Brasil, contudo se chama Churrasco Grego em razão das máquinas de assar trazidas da Grécia.
Há relatos de que o churrasco grego surgiu por volta do ano de 1.300 no Império Turco-Otomano, atualmente Turquia. Era uma iguaria servida aos soldados, e logo caiu no gosto popular, assim, se espalhou pela Grécia e de lá para o resto do mundo. Sua receita foi mudando ao longo dos anos, e ganhou diferentes versões. Atualmente as carnes mais usadas para o preparo são o coxão mole, fraldinha e o contra filé.
O cheiro se espalha no ar
No Churrasco Grego, a carne é empilhada no espeto que gira dentro de uma máquina. Diferente do churrasco tradicional, onde o calor vem debaixo, no caso do churrasco grego, o calor vem das laterais, assando a carne por inteiro. O cheiro se espalha no ar, e é difícil resistir, o cliente pede o sanduíche geralmente em pé, na calçada, no meio da multidão. É um lanche rápido, para quem não tem muito tempo para sentar e degustar com calma.
“Eu sempre busquei fazer coisas diferentes”, conta o Chef Melchior Neto, responsável por fazer a festa de final de ano do Mais Você, que acontece na casa da Ana Maria Braga e conta com a presença de todo o elenco do programa. “E eu tive a ideia de trazer o churrasco grego para esta festa. Foi um grande desafio. Se a Ana Maria Braga gostasse, o prato estaria aprovado, e foi o que aconteceu”, lembra ele.
Os segredos do churrasco grego
Melchior conta que o prato agora é encontrado no Botequim Carioca, restaurante do qual é proprietário. “É um lanche que sempre foi julgado por sua exposição e modo de servir, por exemplo”, explica. “Mesmo as pessoas tendo muita vontade de comer, esbarram na questão do risco. Contudo, a higiene e o preparo são fundamentais, e a questão do armazenamento da carne também”, pontua. Ele informa que no seu caso, como serve indoor, ou seja, no seu restaurante, não existe risco nenhum.
Segundo Melchior, o segredo do churrasco grego está na preparação e na carne usada. “Você precisa encontrar uma carne bem gordinha. No caso, eu uso bife ancho que já é uma carne saborosa, com bastante gordura”, explica. Então, a gordura vai escorrendo o tempo todo, de cima para baixo, pela carne. Por mais que você tire as lascas dela, a gordura faz com que não fique seca, e o tempero se espalha por toda a carne.
“O meu tempero é com ervas de chimichurri, e sirvo com vários molhos e pimentas diversas, fica espetacular”, destaca Melchior.
Churrasco grego no pão francês
Em Cuiabá, o restaurante Churrasco Grego Cuiaba-no surgiu de uma pesquisa de mercado, onde se observou que não havia nenhum churrasco grego com delivery noturno, dessa forma, a microempreendedora Elaine Rojas, 42 anos, decidiu que seria uma ótima oportunidade de negócio.
“O nosso churrasco grego é um pouco diferente. Ele é feito com pão francês, contudo o pão é prensado. Além da carne, temos com linguiça apimentada, coração de frango, carne seca e linguiça toscana”, explica.
As pessoas não admitem, mas amam churrasco grego
Para ela, muita gente não admite que ama churrasco grego pelo preconceito por ser um lanche de rua, mas ele é muito consumido. “As pessoas que experimentam, voltam sempre. Estamos há quase dois anos no mercado, e ficamos surpresos com a demanda”, destaca.
Eliane explica que há muita discussão sobre os riscos, mas ela nunca teve problema. “O risco que você corre é de não consumir um dos nossos lanches e não saber o quão delicioso ele é”, brinca Elaine. “Nossos colaboradores usam tocas, luvas e máscaras. Todas os produtos são lavados e guardados em embalagens plásticas com toda segurança e higiene”, enfatiza.
Tô falando grego
Vladimir Schaion foi o empresário que deu um novo significado para o churrasco grego, quando percebeu que poderia vender mais se tivesse um lugar confortável para as pessoas se sentarem e comerem tranquilamente o lanche. Dessa forma, passou a prepará-lo com carne de primeira, numa cozinha com equipamentos modernos e num ponto estratégico, em São Paulo, com lugar para sentar e ar condicionado.
Assim surgiu o Tô falando Grego, restaurante que já tem três unidades na capital paulista e vende em torno de 5.500 mil sanduíches por mês.
Vladimir conta que em 2016, um amigo tinha uma loja de shawarma na Vergueiro, em São Paulo. Mesmo sendo uma boa loja e em local de grande fluxo, não faturava o suficiente. Dessa forma o amigo convidou ele e seu sócio para analisar e entender o que estava acontecendo com o estabelecimento. “Fomos perguntar diretamente para as pessoas, e entendemos que elas não conheciam o produto, além disso o tempero era forte para o paladar”, explicou Vladimir.
A oportunidade está aí, aproveita quem quer
Segundo Vladimir, eles descobriram que o produto era basicamente um churrasco grego com algumas diferenças, e como não havia em São Paulo nenhum restaurante deste segmento, que fosse interessante, era uma grande oportunidade de negócio. Mas, o amigo não quis mudar, pois havia trazido toda a tecnologia do seu prato da Europa, um conceito novo, e churrasco grego era comida de rua, era mal visto. Então, não quis apostar.
A ideia ficou, então Vladimir e seu sócio, decidiram abrir o restaurante de churrasco grego, pois perceberam que não havia nada parecido. Assim iniciaram o negócio. Hoje estão com com três lojas, a primeira em Taboão da Serra, outra na Praça da República e a terceira com mais de 120 lugares em Parelheiros, também em São Paulo. Todas com um conceito novo, ou seja, uma nova roupagem para o churrasco grego. A pandemia atrapalhou um pouco os planos, mas a ideia, segundo Vladimir é abrir em torno de 20 lojas no sistema de franquia. “Estamos em negociação, e com investimento certo e a pandemia dando uma trégua, vamos seguir”, explica.
O lanche é preparado com cortes especiais de carnes bovinas, e o nosso tempero é exclusivo. Como o giro é rápido, a carne é assada e cortada no momento da montagem, ou seja, o sanduíche fica sempre fresquinho. “A gente costuma brincar que o nosso lanche é o Grego Raiz, com churrasco de verdade, quem experimenta sempre volta”, finaliza Vladimir.
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