Luiza Hoffmann traz em sua ancestralidade a paixão pela cozinha, quando nos conta sobre como começou seu interesse pela culinária, pela gastronomia sustentável. Sua memória afetiva revela a relação familiar que a chef e apresentadora do programa Bizu na Discovery Brasil tem.
Desde pequena a relação de Luiza com os alimentos foi construída de forma simples e responsável, uma característica que vem de família.
Toda a sua trajetória tem um pouco do que viveu quando criança e adolescente, observando e ajudando sua avó nas atividades da cozinha. Mesmo que nunca tivesse pretensão de se tornar chef de cozinha, por perceber como era trabalhoso, a culinária sempre lhe chamou atenção.
A influência de sua ancestralidade e os ensinamentos sobre conscientização alimentar
Luiza que carrega o mesmo nome de sua avó, se lembra com afeto de como a casa vivia cheia de familiares e amigos, era uma vida simples mas harmoniosa. Sempre na cozinha, a chef acompanhava a avó na horta no fundo de casa para colher os alimentos orgânicos que fariam de refeição.
Minha avó quase nunca usava alimentos industrializados naquela época, eu cresci nesse meio.
nos conta a chef.
Sempre com mais de trinta pessoas em volta da mesa sua avó chegava a fazer mais de cem bolachinhas para os filhos, netos e outros familiares, conta Luiza. “Fazíamos rosca, pão de queijo e minha avó fazia doze pães de uma vez só, sem batedeira.”
A vida simples e humilde na casa da avó foi algo que inspirou a chef em sua profissão. Ao lembrar do poço artesiano, pomares e animais que a avó cuidava em casa, sente saudades. Da família, Hoffmann foi a única que fez da gastronomia seu ofício, mesmo tendo muitas tias cozinhando nenhuma delas tem um restaurante.
Além das influencias familiares, o start pela culinária cresceu quando Luiza percebeu as “transformações dos ingredientes básicos”, mas o momento que a fez ter certeza de sua profissão na cozinha foi após ser voluntária na Tailândia, quando o país passou por um tsunami.
“Eu alimentava pessoas com a minha comida, e eu via a felicidade da energia que eu colocava naquelas pessoas.”
Culinária é afeto mas também é responsabilidade
Convidada para apresentar o programa Bizu, ao qual, inicialmente, faria dois pratos com apenas um ingrediente, a chef teve a ideia de preparar um menu completo com apenas um ingrediente.
“Eu sempre quis mostrar a versatilidade de um ingrediente, incentivar as pessoas a inovarem na cozinha.”
Além de demonstrar a versatilidade dos alimentos e de suas habilidades gastronômicas, Luiza contribui em perpassar costumes que não geram desperdícios de alimentos.
A intenção da chef em seu programa é mostrar para as pessoas que estão em casa que podem criar novos pratos com os alimentos que possuem, sem desperdiçar nada, explorando a criatividade.
“Quem não usava os alimentos por completo terá que começar a fazer e inovar. Nunca fomos ensinados a utilizar os alimentos integralmente.”
Explica a chef ao se referir às transformações que enfrentamos atualmente e o reflexo delas na culinária.
Quando se trata de culinária ela leva o assunto a sério e até seu estilo de vida se difere. Adepta da alimentação macrobiótica, Hoffmann considera que os alimentos têm seu equilíbrio a partir dos princípios Yin e Yang, “o Yang é o fogo, a carne e o ovo. E o Yin é o elemento água que é fluido, o vento, e representa folhas. Um equilíbrio do corpo com a mente e é toda baseada na medicina chinesa.” explica.
O pilar mais importante da gastronomia sustentável
Para a chef gastronomia sustentável é comer com consciência e dar valor ao usar cem por cento dos alimentos, além de se atentar em se cuidar melhor e usar cada vez menos produtos químicos e mais “confort food“.
“Nós precisamos aproveitar a palavra sustentabilidade e mostrar que a cozinha não é um bicho de sete cabeças. Com pouco e rápido é possível fazer coisas maravilhosas.”
A importância da cutelaria na cozinha é algo indiscutível. Não se pode gerir atividades gastronômicas sem uma boa ferramenta, e obviamente para Luiza Hoffmann não é diferente. A chef que apresenta um programa e precisa sempre de agilidade e eficácia nos cortes e no trato dos alimentos tem um carinho especial por suas facas.
“Eu cozinho qualquer coisa em qualquer lugar, mas não me dê uma faca ruim“
Todas as geometrias são específicas e possuem cortes distintos, facilitando a vida na cozinha, e essa relação está ligada diretamente com o resultado efetivo. O mesmo estilo de faca pode cortar e ter ergonomias diferentes. Para Hoffmann, não ter a panela certa, ou assadeira é algo que dá para improvisar, mas facas não tem como substituir.
“Sem uma boa faca você machuca de fato os ingredientes e perde qualidade desde o corte. Pra mim é essencial, ter um material bom e não sofrer na cozinha.”
A chef Luiza Hoffmann que ama o que faz nos deixou uma receita deliciosa de Sopa de Chuchu Gratinado, clique aqui e confira a receita completa e os benefícios do Chuchu.
